Manhã cedo, reuniram-se os motards em grande número junto ao café Choupal para a III edição do "Passeio das Encostadas", organizado pela secção do Futsal da ACD Igreja Velha.
O céu estava encoberto mas a temperatura estava agradável. Inscrições feitas e lá arrancaram 85 motorizadas (outras nem tanto...) a deitar suaves nuvens brancas pelos escapes. A pegada ecológica ficou de folga. A "música" feita pelos escapes era também ela muito suave, afinal de contas as motorizadas sempre foram conhecidas pelo seu silêncio a trabalhar.
A primeira paragem foi apenas alguns quilómetros depois do arranque. As motas não andam a ar e têm de ser abastecidas de combustível apropriado para a viagem.
E lá foi a comitiva, apitando e saudando aos que os viam passar, com um sorriso de admiração e de saudade em muitos deles.
As maquinas iam-se aguentando, umas melhor outras pior. Nas subidas, muitas lembravam os donos que estes já não pesam o mesmo que antigamente, que estão velhotas e cansadas para alinharem em grandes aventuras. Naturalmente, adensava-se a referida nuvem branca nas subidas.
A meio da manhã, e já com o sol a marcar presença no passeio, chegou-se ao parque de merendas onde se tomou o pequeno almoço: ovos, queijo, fiambre, atum com cebola, febras das boas, minis e vinho tinto. Sim, também havia águas e sumos.
Merenda feita, segui-se o caminho de regresso, mas desta vez por outras paragens.
Pelo caminho algumas motas entregaram a alma ao criador, ou, se achar que o divino não é para aqui chamado, ao mecânico que as for ressuscitar. Prontamente foram ajudadas, e aos donos, colocando-as numa espécie de ambulância que as traria de volta: a carrinha vassoura.
A meio do regresso fez-se outra paragem que isto de andar de mota faz muita fome e dá muita sede. Mais dois dedos de conversa e regressou-se à sede da associação, sem mais paragens, programadas, até à chegada.
Pouco depois da uma da tarde chegou então o grupo ao destino, para enorme alívio das "martirizadas".
Sentaram-se todos à mesa, com pulseirinha verde no pulso e tudo.
Ao almoço fizeram os agradecimentos da praxe e informou-se os presentes que o encontro ainda tinha mais um lanche e uma prova de perícia. Se se tivesse feito silêncio nessa altura seria possível ouvir algumas das motas a dizer mal da vida em sussurro.
Entregaram-se ainda dois prémios: para a Vespa mais antiga e para a motorizada mais antiga, que contava com quase 70 primaveras (1942).
Depois do almoço seguiu-se então a prova de perícia, no Troncão Parque. Nem todos se arriscaram, temendo uma aproximação demasiado rápida com o pó do chão, como por exemplo este vosso escriba.
Pouco depois das 5 da tarde chegou o lanche, em forma de sardinhada. E que boas que estavam!
E assim foi mais um encontro de encostadas, com a boa disposição a reinar.
Já podem ir descansar mais um aninho, senhoras encostadas.
Veja a Galeira de Fotos do passeio!