Num dia que acordou frio e nublado juntaram-se cerca de 67 "encostadas" no café Choupal para mais uma edição do Passeio das Encostadas.
Com duas ou quatro rodas, mais ou menos pó, mais ou menos ferrugem, mais ou menos estimadas, lá foram as "montadas" e respectivos donos a largar fumo estrada fora. E, diga-se em abono da verdade, umas eram mais encostadas que outras.
A primeira paragem estava marcada para a Lagoa da Ervedeira, para o habitual forrar de estômago. Isto de andar de mota dá fome... e muita sede! Antes de lá chegar houve duas desistências. Talvez porque os donos pesem muito, talvez por falta de hábito, talvez por falta de platinados (como alguns diziam), o que é certo é que poucos quilómetros percorridos e duas motas entregaram os ferros ao manifesto. Voltam para o ano?
Alimentados por um belo pequeno almoço e devidamente lubrificados (os donos), lá foram de novo com passagem marcada pela praia do Pedrogão. À passagem do pelotão pela marginal da praia, não havia ninguém que não parasse e sorrisse para a comitiva que passava.
Nova paragem um pouco mais à frente para reabastecer. Mais uma vez, não as motas mas os donos. Sai mais uma mini, ou duas, e um punhado de tremoços. Sai mais uma piada à mota do vizinho que é mais encostada que a minha. A boa disposição foi nota dominante.
Saídos do Pedrogão, a passagem seguinte foi na praia de Vieira de Leiria. Repetiram-se os olhares de espanto e os comentários de quem via passar tanta mota. E desta vez não se parou.
Seguindo viagem por Vieira de Leiria, a paragem seguinte foi perto de Monte Real. Como grande parte dos líquidos que se ingerem têm de sair, está fácil de perceber qual foi o objectivo da curta paragem.
E continua o périplo por terras de Bidoeira até regressar a "casa", por volta das 2 da tarde. Chegados ao Troncão Parque estava ao almoço a servir e foi só sentar e comer.
Depois passou-se mais uma tarde em amena cavaqueira. Ora cartas, ora mais um copo, ora mais uma história a recordar tempos idos.
Para o ano há mais.
